terça-feira, 23 de março de 2010

Hotel Fuck: num dia quente a maionese pode te matar
Contemplado pelo FUMPROARTE o espetáculo “Hotel Fuck: Num dia quente a
maionese pode te matar...” é a mais nova empreitada da Santa Estação Cia de Teatro.
Prevendo 18 apresentações gratuitas do que será a união/cruzamento/interposição do texto
de Richard Foreman e a performance “Sentença I...”. A elaboração de um roteiro baseado na
obra em questão de Foreman bem como a ampliação do material criado para o experimento
de 2005 pressupõe o desenvolvimento de um processo vinculado à linguagem da
performance, cuja forma de expressão surgida na década de 60, caracteriza-se pelo
entrelaçamento de linguagens artísticas (artes visuais, teatro, dança, música, cinema,
fotografia) através de um roteiro definido e pela realização em espaços não convencionais.
Seu objetivo é interferir nos modos de comunicação/percepção da realidade imediata a
partir da criação de eventos cênicos de interferência no espaço/tempo/performer/platéia.
Para isso, o projeto pretende-se a ocupação de espaços urbanos para sua realização, tais
como Usina do Gasômetro, onde estreiaremos, Cais do Porto, Mercado Público, Centro
Cultural da Restinga, Fundação Iberê Camargo, estacionamento dos Shoppings Iguatemi,
DC Navegantes, Total, entre outros. As linguagens de interferência utilizadas serão:
instalações através do cenário/set; o cinema/vídeo com projeções dentro e fora do espaço
cênico; a teatralidade dos textos de Richard Foreman e Sergi Belbel (Hotel Fuck e Carícias
respectivamente) e a literatura de Sam Shepard (Crônicas de Motel, Cruzando o Paraíso e A
Lua e o Falcão), além de biografias de estrelas de Hollywood, como Marilyn Monroe. O
suporte temático é a cultura da imagem e exposição, a estruturação/desestruturação das
figuras de sujeito e objeto e os jogos que estabelecem para criar condições de existência
dentro de um set de filmagens do universo de filmes B. Dentro do set, estão as relações
humanas e suas regras explícitas ou não, fomentando um jogo de desejos e prazer nas
relações de poder. O espectador torna-se cúmplice/testemunha e voyer/apreciador dos
desdobramentos deste jogo nos corpos dos atores, que assumem simulacros descartáveis
representativos de uma cultura onde tudo parece estar temporariamente exposto

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